“Tenho preferido os silêncios. Depois de tanto falar o que devo, o que não quero... experimento me calar. Agora, quero essa espécie de mudez consentida por fora e por dentro. Chega de gritar aos quatro ventos o que foge dos meus pensamentos.... Chega de falar como especialista. Confesso: eu não sei nada. Sobre nada. Estou em silêncio para ouvir o nada que está sendo dito pelos outros. Quero ser vácuo, onde o som não se propaga. Cansei de ecoar as coisas que eu não entendo. No silêncio, (eu estou aprendendo) mora a paz. Nas palavras não ditas se escondem os mistérios. Eu não sei nada. É delírio falar enquanto se está sonhando. É quase um pecado. Vou deixar o sonho vir e contar a sua história. Depois eu falo. Ou não. Tenho perdido a vontade de falar. Tenho preferido os silêncios.”
Por muitos anos o silêncio foi a minha escolha.
ResponderExcluirCalei-me diante da indiferença, do egoísmo,da humilhação. Mas hoje não posso mais calar-me diante da dor e do gemido da minha alma.
As feridas da minha alma sagram e não há quem se importe e cuide delas.
Hoje escolho não permitir mais que façam sangrar as feridas existentes ou mesmo provocarem novas feridas.
Descobri que também tenho direito sim a ser respeitada, amada e cuidada!
Não posso mais ser indiferente ao grito da minha alma!
Rita Loures