segunda-feira, 14 de abril de 2014

 
"Todo mundo anda cansado.
Esgotado. Estressado. Todo mundo anda muito sem tempo.
Sem saco. Sem brilho.
Todo mundo anda muito impaciente.
Incoerente. Inconsequente. Todo mundo poderia ser menos mimado. Alienado. Autocentrado.
Todo mundo poderia ter menos verdades. Vaidades. Inimizades.
Todo mundo deveria andar com mais compaixão. Com mais tesão. Com mais emoção.
Gastamos muita energia com o que não ...
devemos. Nos importamos com coisas que não merecem nossa atenção.
Plantamos mesquinharia e reclamamos do que colhemos. Priorizamos aquilo que não deveria ter nem nossa consideração.
Para muitos o sim, quando o certo seria o não.
Esvaziamos o coração, nos ocupamos com o que não tem solução, exageramos na interpretação, nos guardamos na arte da vitimização.
As escolhas estão erradas. Os valores estão trocados. As respostas saem atravessadas e os caminhos se abrem esburacados, mal iluminados, estreitos, perigosos.
Somos um equívoco, um pastiche, sofremos por fetiche. Insistimos no erro, exageramos na arrogância, excedemos a babaquice, privilegiamos a idiotice e patinamos na mesmice. E aí culpamos os astros, os outros, a contemporaneidade, as diferenças irreconciliáveis e as relações descartáveis.
Não somos nós, nunca, em hipótese alguma, os responsáveis por nos arrastarmos por vidas miseráveis, situações desconfortáveis e desejos irrealizáveis.
Engula esse choro de criança contrariada, desfaça essa cara emburrada e assuma a direção na sua estrada. Bata no peito, dê seu jeito, mas se dê o respeito."
 
Desconheço o autor.

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