sexta-feira, 1 de junho de 2012

JUNHO - MÊS DOS NAMORADOS...



Ainda que eu falasse a língua dos homens, que eu falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria... (1 Coríntios 13). O mês de junho, para muitos, é o "mês dos namorados". Quem está enamorado se deixa envolver por uma atmosfera de romantismo e usa de muita criatividade para demostrar o quanto valoriza a pessoa amada. Mas o amor romântico é apenas uma dimensão do amor em si.

Pensando em situações diferentes, é até um tanto difícil definir o amor. Certamente é mais fácil senti-lo do que explicá-lo. O amor é um misto de força e fraqueza: quando amamos - não importando agora o tipo de amor em que estejamos envoltos - temos medo de perder; ao mesmo tempo arriscamos iniciativas que sem o amor não teríamos; queremos cobrir o ser amado de proteção, cuidados, atenção e presentes, pois o amor nos liga ao ser amado de modo que o bem-estar da outra pessoa seja fundamental para nosso próprio bem-estar. Certamente uma das maiores dores é a causada por um amor não correspondido. Apesar de o amor ser algo que acontece espontaneamente - quando menos nos damos conta ele já nos ligou a alguém - se nos afeiçoamos a alguém, é humano desejarmos que esta pessoa não apenas receba o nosso amor, mas também o retribua. Empenhar-se pela amizade de alguém e ter indiferença como resposta é mais ou menos como trabalhar esperando um salário e não recebê-lo. É frustrante.
O amor é um sentimento dinâmico e, como tal, requer sempre novidade. A rotina é a maior inimiga do amor porque este se traduz em criatividade, em renovação, em constante busca por novas formas de demonstrá-lo.

O gostoso deste sentimento, desta força atuando na vida da gente, está no fato de não termos controle sobre ele. Isso porque ele não tem seu ponto de partida em nós. A origem de toda forma de amor está em Deus. Ele nos ama, nos cria e recria com amor. É Deus quem implanta este sentimento em nós e ainda o alimenta para que funcione como uma flor perfumada que vai espalhando seu aroma pelo ar, de modo que não seja possível não senti-lo. Assim já não é possível estar tomado por ele e cruzar os braços. Permanecendo inertes diante dos efeitos do amor, que age dentro de nós e se empenha pela transformação positiva da realidade em que nos encontramos, estaremos sufocando o amor, de modo que todas as suas boas características poderão se converter num mal contra nós mesmos.

Dito tudo isso, quero finalizar endossando as palavras do apóstolo Paulo quando exorta os cristãos de Roma a não ficarem devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo. Que assim seja entre nós: que nos empenhemos na vivência do amor uns pelos outros de maneira bem palpável, para que possamos, como Deus, nos alegrar com os frutos que este amor produz. Amém.

By Aneli Schwarz,

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